sexta-feira, 1 de julho de 2011

G16

Eterna solidão


eu vejo a minha imagem
na mórbida luz da  paisagem
rostos que se espelham no rio                                                                                                                                         na nascente do triste sorriso
correm como as lágrimas
de várias vidas e alegrias
mentes das lembranças
corações de esperanças
a luz brilha como o trovão
que se apaga na escuridão

eterna solidão
espinhos em meu coração


o espelho é o reflexo abstrato
que se vê mas não tem contato
e mostra a alma toda cristalina
de densidade grossa e aura fina
como o túmulo exalando incenso
lindo por fora e podre por dentro
alma límpida alegre de satisfação
sombra impura e negra de solidão
a luz bilha como o trovão
que se apaga na escuridão

Eterna solidão
espinhos em meu coração

                                                              Tiago Alves Pereira (11/08/01

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