domingo, 25 de dezembro de 2011

G345

NESTE INSTANTE SINTO

Meu coração transborda de flagelação,
Me perco em meio sofrimento,
Não sei para onde ir, o que fazer.
Nuvens ao céu cinzentas vejo,
Trovões e relâmpagos tornaram-se meu viver,
E rios de lágrimas fabrico.
Sinto minha vida um punhal de dois gumes,
O que fazer diante de tal sensação?
Gostaria de voltar ao passado,
E mudar toda minha história,
Mas, não tenho tal poder.
E diante esse fato, nada posso fazer,
Se não, suportar a dor, curar a ferida.
Seguir adiante sem olhar para trás.
Tanger o céu azul neste instante,
Impossível desejo, se tudo que vejo é negro.
Flagelação, tormenta minha vida,
Diante de tudo, medrar seria o mais sensato.
Primorosas são as almas que descansam,
Clamores meu coração almeja o sofrimento,
E tudo que procura é a nau da tormenta.
Sucumbir é tudo que desejo,
Mas, minha hora não chegou.
Precer dentre os vivos a arrogãncia de um povo,
Entender o que sinto e digo impossível,
Meu espírito exalta sucumbir,
Nas profundezas da solidão.

                         (Kelly Cristina de Freitas - Varginha - MG - 10/07/2003)

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